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concurso para a modernização dos ninhos de empresas da Fundação da Juventude no Porto . 2º lugar


O programa proposto por este concurso de ideias visa a criação de novos espaços de trabalho para a iniciativa NINHOS DE EMPRESAS.
A situação actualmente existente está completamente desactualizada daquilo que se pretende para um espaço com estas funções e características. Construtivamente estão presentes algumas fragilidades e uma fraca imagem de conjunto. Não sobressai uma identidade nem uma fácil leitura de circulações e dos próprios “ninhos”. Os percursos labirínticos criam situações desconfortáveis e a relação de pé-direito com a largura dos corredores está completamente desproporcional.
A solução aqui apresentada propõe a remoção de todas as estruturas lá existentes e a instalação de um novo conjunto de “ninhos”.
A proposta assenta na definição de um “módulo” armário/estante que define uma zona de entrada no ninho com o pé-direito mais baixo, e que dá acesso à zona de trabalho com o pé-direito máximo, onde por sua vez também se cria uma zona mais intimista com uma nova mudança de pé-direito para o alinhamento da altura da entrada.
Foi respeitado o princípio de todos os escritório possuirem pelo menos uma janela directa para o exterior
As circulações exteriores foram também francamente reduzidas em termos de área, ficando agora simplificada em “H” em torno do pátio.
A estratégia adoptada teve como base a repetição modular de elementos de forma a permitir uma economia de custos e meios, para viabilizar a condicionante orçamental proposta.
Com a repetição do armário “chave” definem-se entradas de “ninhos”, com a escolha dos materias utilizados nas grandes áreas de parede conseguiu-se também uma grande economia em termos de mão de obra e desperdícios de material.
As portas de correr que fecham os espaços são também seguidoras destes princípios de pré-fabricação, standardização e rigor.
A construção seca utilizando preferencialmente derivados da madeira apresentou-se aqui como a melhor alternativa em relação à construção tradicional, em termos de custos e tempo.
A imagem unitária é dada pela utilização da madeira e a clareza formal e espacial pela modularidade.
Devido a esta solução modular e à unidade a vários niveis, é possivel também juntar vários “ninhos” e criar “ninhos” maiores, o que abre portas a situações de co-working ou similares, cruciais nos dias de hoje.
A matéria escolhida também está intimamente ligada ao sistema construtivo, ao programa e às volumetrias propostas.
A madeira e os seus derivados fazem e assumem tudo aquilo que é estrutura, revestimento e apoio.
Definem paredes na forma de MDF, definem portas na forma de folheados, assim como os armários.
O vidro aparece como elemento de remate entre os panos horizontais de parede dentro dos “ninhos” e o tecto, isolando assim as diversas salas que consoante a utilização que tenham não devem perturbar o trabalho dos “ninhos” ao lado.






LOCALIZAÇÃO
Fundação da Juventude | Rua das Flores | Porto
ANO DO PROJECTO
2010
ÁREA DE CONSTRUÇÃO
340 m2
ARQUITECTURA
Susana Rosmaninho | Pedro Azevedo